Vivemos em um mundo cheio de códigos invisíveis. Regras não ditas sobre como devemos nos vestir, falar, amar e até sonhar. Esses padrões, criados e reforçados pela sociedade, muitas vezes nos aprisionam. Fazem com que a gente hesite antes de mostrar quem realmente é, como se fosse arriscado demais ser autêntica.
A Brené Brown (psicóloga norte-americana) em seus estudos sobre vulnerabilidade, mostra como o medo de não ser aceita nos afasta da nossa própria potência criativa. Nos ajustamos a padrões para caber, mas nesse processo vamos perdendo camadas da nossa identidade.
Quantas vezes você deixou de usar uma roupa que amava porque achou “diferente demais”? Quantas ideias ficaram guardadas porque pareciam “estranhas” ou “fora de moda”? Esses pequenos silêncios, repetidos dia após dia, constroem uma barreira entre nós e a nossa liberdade de expressão.
Mas há um detalhe importante: os padrões não são leis naturais, são construções sociais. Isso significa que podem e devem ser questionados. Cada vez que ousamos ser quem somos, abrimos espaço para que outras pessoas também se libertem.
A moda, a arte e a rua nos ensinam isso o tempo todo. Uma corrente, uma cor inesperada, um patch que foge do comum, tudo pode ser símbolo de resistência. Mais do que estilo, é uma afirmação: “essa sou eu.”
Expressar-se é um ato de coragem. É recuperar a voz diante de um mundo que insiste em nos silenciar.
